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O REI SALOMÃO E ALGUMAS LENDAS...
Salomão, nome derivado do hebraico Shalom (paz), e do Árabe Sulaymam (amado). Oficialmente o Rei David teve 10 filhos, Amnon, Daniel, Absalão (estes três primeiros morreram), Adonias, Sefatias, Itreão, Simeia, Sebabe, Natã e Salomão que era o décimo.
Ele foi figura de destaque na tradição judaico-cristã, citado na Bíblia e no Alcorão. Consta que esteve presente no Egito, onde teria sido iniciado nos Pequenos e Grandes Mistérios em Menfis, desenvolvendo um imenso conhecimento das doutrinas secretas da cabala. A ele se deve um dos símbolos cabalísticos mais conhecidos e usados, o Signo de Salomão. É considerado como o homem mais sábio e rico da humanidade.Sua mãe, Bate-sebá, foi esposa de um general, o hitita Urias, a quem Davi mandou para frente de batalha para que morresse e ele pudesse tomá-la como esposa. Salomão (pacífico) por ter um reinado sem guerras em Jerusalém de 971 a.C a 931 a.C (40 anos).Como era o décimo filho e não era o herdeiro natural ao trono de Davi, sua mãe tramou para que ele assumisse o reinado. Para não ter maiores problemas em seu governo e para assegurar o trono, Salomão ordenou que seu irmão Adonias fosse morto, pois ele seria o herdeiro natural segundo a lei.Também matou Joabe e Simei, que lhe eram desafetos.
Menciona-se que teve mil mulheres, 700 mulheres e 300 concubinas, todas de grande beleza e adquiridas em troca de grandes somas de ouro.
Ele foi casado com Anelise, filha do faraó Siamon, tendo recebido como dote de casamento a cidade Cananéia de Gezar. Como era um rei que mantinha relações com vários povos, construiu Templos para, Milcon, etc. Permitiu inclusive que a Rainha de Sabá cultuasse o Deus Baal.
A rainha de Sabá, quando foi visitar o rei Salomão, formou sua comitiva e partiu, de acordo com o Kebra Negast², com 797 camelos carregados de ouro, prata, pedras preciosas, mobílias e tudo mais que poderia levar para presentear o sábio homem. De acordo com Josephus¹, o desejo de Makeda ao encontro de Salomão era ardente o suficiente para ela embarcar em uma viagem 1.400 milhas, atravessando as areias do deserto da Arábia, ao longo da costa do Mar Vermelho, até em Moabe (Yêmen), e sobre o rio Jordão até Jerusalém. Tal jornada seriam necessários pelo menos seis meses de tempo em cada sentido, uma vez que os camelos raramente poderiam viajar tanto quanto 20 milhas por dia.” Navegando num magnífico navio, a Rainha de Sabá estava a caminho da Terra de Israel, em visita ao Rei Salomão – o mais sábio de todos os homens. De repente, ela prendeu a respiração, pois uma visão de insuperável esplendor atraiu seu olhar. Ao longe, viu uma estrela deslumbrante surgindo das espumas do mar.
À medida que se aproximava, a estrela emergente parecia ir se transformando numa linda flor, faiscando com o brilho de muitos matizes e cores. "Não pode ser outro senão o famoso Palácio de Cristal," exclamou a Rainha de Sabá. Ansiava por ver esta deslumbrante obra. "Apressem-se!" ordenou, impaciente, aos remadores. Finalmente o navio ancorou junto à praia de uma pequena ilha. Lá a Rainha de Sabá e seu séquito foram saudados por uma hoste de arautos e oficiais, que se postavam dos dois lados da alameda que levava ao palácio. Entre eles destacava-se um homem , cujas vestes reais, porte e maneira, superavam todos os outros em beleza e nobreza. "Ora veja, descobri o Rei Salomão," pensou ela, enquanto se ajoelhava graciosamente diante do nobre varão. "Por que te ajoelhas, Ó Rainha?" perguntou ele."Pois não és tu o grande Rei Salomão?" "Não, Majestade; sou apenas um de seus oficiais aqui enviado para dar-te as boas-vindas às nossas pacíficas praias. E agora, sobe na carruagem real, minha Rainha e eu te levarei ao Rei. "Oh," pensou a Rainha de Sabá, "se um simples servo de Salomão é tão nobre assim, o rei deve ser verdadeiramente divino!" As portas da sala do trono foram escancaradas.Salomão que havia sido notificado sobre a chegada da Rainha de Sabá, decidiu tomar conhecimento sobre sua visitante. Ouviu de um sacerdote que seria uma mulher de beleza infindável, porém seus pés eram cobertos de pêlos. Com isso, preparou na frente de seu trono um passagem de água, que a obrigaria a levantar as vestes e mostrar seus pés. Na soleira permaneceu petrificada a Rainha de Sabá, totalmente maravilhada! Estava num palácio feito do mais puro cristal. A luz do sol se infiltrava nas transparentes paredes que a difundiam em mil brlhantes matizes. Cada jóia na coroa, no trono e no cetro reais atraia a luz como um imã e a refletia em empolgante esplendor. Ao longe, podia-se vislumbrar o mar azul que, através das paredes translúcidas, dava a impressão de que o palácio estava construído sobre as suas ondas.
Finalmente a Rainha de Sabá encontrou palavras para expressar a sua admiração: "Se eu não estivesse neste salão contigo, pensaria que teu trono se erguia sobre as próprias águas do mar." Então ela avançou lentamente através da grande sala real para receber a saudação e a bênção do Rei Salomão. Algumas fontes dizem que quando ela chegou em frente ao seus trono e levantou suas vestes, mostraram-se os mais belos pés que ele havia visto, outras dizem que o rumores eram verdadeiros e que Salomão alertara-a de que os pêlos eram características masculinas conforme oKebra Negast², “Tua beleza é a beleza de uma mulher, mas o pelo é masculino; pelos são um ornamento para um homem, que desfigura uma mulher .” , e fez então uma espécie de creme para removê-los. Após a troca de cumprimentos a Rainha tomou assento num lugar de honra junto ao trono e dirigiu as seguintes palavras ao Rei: "Tu grangeaste amplo renome por tua sabedoria. Deixa que te proponha algumas adivinhações para ver se de fato és tão sábio como todo mundo afirma. "Podes perguntar, minha Rainha," disse o Rei Salomão.
A Rainha de Sabá colocou o primeiro enigma: "Dize-me, sábio Rei Salomão, Que águas são essas, que não Nascem da pedra, chão ou monte. E embora venham da mesma fonte, Ora amargas, ora doces são?"
O Rei Salomão ficou pensativo por um momento e então respondeu: "As lágrimas não vêm do chão,E é doce o pranto da emoção Feliz. Amargo é o pranto, Da dor, tristeza e desencanto."
A rainha sorriu diante da resposta e logo lhe propôs outro: "A minha mãe me deu um dia Presentes dois – que alegria Um veio do alto mar infindo, Guardado num estojo lindo. O outro veio das entranhas Escuras, fundas, das montanhas."
A resposta de Salomão veio quase sem qualquer hesitação:"Finas pérolas, brilho irisado, Ricos anéis, ouro lavrado. Beleza pura e poder do ouro.Rainha, adivinhei o teu tesouro?" A pergunta era desnecessária, já que o Rei Salomão sabia que havia acertado a resposta do enigma.
A Rainha de Sabá concordou sorridente e apresentou o terceiro: "Rei, muito sábio, tu podes dizer: Quem, sepultado vivo, no fundo Da terra, longe do sol e do mundo Morre – e no entanto, torna a viver?"
A sabedoria de Salomão não falhou também desta vez, quando respondeu: "A sementinha sepulta no chão Faz nascer a espiga, o dourado grão. E aquele que ali a enterrou Colheu boa safra e se regalou."
A Rainha de Sabá prosseguiu: "O que é que gira alegre no ar: Caindo do céu no chão, sua pureza Se vai e morre toda a beleza?"
O Rei Salomão respondeu: "A neve, caindo do céu distante, Desce à terra, leve e dançante. O homem pisa na sua brancura.
E acaba com a sua beleza pura."
A Rainha de Sabá não resisitiu à vontade de fazer mais uma pergunta:"Dize-me, Rei e responde-me logo: Dádiva da natureza ao fogo, Que rios ocultos sob terra e monte, O homem bendiz; e bendiz sua fonte?"
O Rei então respondeu:
"Dum solo da mais rica natureza, Brota, faiscante, da profundeza,
Óleo precioso, que então alimenta O fogo que ao mundo ilumina e esquenta."
A Rainha de Sabá estava maravilhada com a sabedoria do Rei Salomão e as suas perspicazes respostas. Pensou bastante numa maneira de espantá-lo e finalmente disse aos seus servidores:"Vamos pegar os meninos e meninas que trouxe comigo e os vestiremos com roupas extamente iguais. Então veremos se o Rei será capaz de distinguí-los uns dos outros."Dito e feito. A Rainha trouxe um grande grupo de crianças diante do Rei Salomão. Estavam todas vestidas exatamente iguais. Era impossível distinguir os meninos das meninas só pelo olhar.
O Rei Salomão deveria inventar uma maneira de separá-los.
Examinou pensativo as crianças paradas à sua frente. Súbito, chamou seus servos e mandou que trouxessem baldes com água e os colocassem diante de cada criança. "Agora, queridas crianças, só o que precisam fazer é lavar suas mãos com a água que mandei colocar à sua frente." Mas o Rei Salomão avisara seus servos para não fornecer toalhas a elas. O Rei observava as crianças enquanto cumpriam sua ordem. Quando terminaram de lavar as mãos, olharam em volta mas não viram as toalhas. Algumas criancas começaram a secar as mãos nos seus aventais. O Rei Salomão pensou: "Essas são meninas, porque elas estão acostumadas a enxugar as mãos nos aventais; mas os outros, parados sem jeito, com a água pingando das mãos, certamente são os meninos!" Então o Rei mandou todos os meninos ficarem de um lado do seu trono, e as meninas do outro lado e disse à Rainha de Sabá:
"Aqui à minha direita estão os meninos e à esquerda, as meninas."
A Rainha de Sabá não podia conter sua admiração pela sabedoria do Rei Salomão. Dirigindo-se aos seus astrólogos e conselheiros, exclamou:
"Estou tão feliz de ter feito esta longa viagem para ver o Rei Salomão, pois ele é na verdade o mais sábio de todos os homens!"
E então a Rainha de Sabá desceu de sua cadeira e curvou-se ajoelhada diante do trono do Rei. "Tu és abençoado por D’u, pois nenhum mortal jamais andou sobre a terra com tal sabedoria como a tua," disse a Rainha reverentemente. "Levanta-te, minha Rainha," disse o Rei. "Vamos à recepção que preparei em tua honra."
Quando a rainha de Sabá entrou, viu o magnífico salão de refeições, as mesas faiscando de ouro e prata, carregadas de finos manjares, as vestes suntuosas que envergavam o Rei e seus cortezões e os nobres e veneráveis semblantes de todos os presentes, ficou cheia de espanto e admiração pelo esplendor da corte do Rei Salomão. Nos seus sonhos mais arrojados ela não imaginara nem metade do esplendor e da sabedoria que veio a conhecer. No suntuoso salão de banquetes estavam reunidos os ministros de Estado e os homens sábios do Sanhedrin que o Rei havia convidado para o festim. Quando a rainha de Sabá entrou, viu o magnífico salão de refeições, as mesas faiscando de ouro e prata, carregadas de finos manjares, as vestes suntuosas que envergavam o Rei e seus cortezões e os nobres e veneráveis semblantes de todos os presentes, ficou cheia de espanto e admiração pelo esplendor da corte do Rei Salomão. Nos seus sonhos mais arrojados ela não imaginara nem metade do esplendor e da sabedoria que veio a conhecer.
O Templo de maior destaque e que ficou na história, foi o Templo de Jerusalém, que veio a ser conhecido como o Templo de Salomão.
Contou co ajuda de Hiram Rei de Tiro e Hiram Abif na coordenação de milhares de trabalhadores, era um Templo suntuoso e de grande riqueza, ali seria guardada a Arca da Aliança. Salomão reconstruiu e fortificou várias cidades (Megido, Hazor, etc).Infelizmente, grande parte da história antiga carece de confirmação, e vários povos vizinhos ao reino de Salomão estranhamente não o mencionam em suas histórias.
A sua história e recheada de decisões sábias e envolta em grandes mistérios, lendas e mitos. Uma de suas mais conhecidas decisões é sobre a história de duas mulheres que disputavam um bebê. Salomão manda que se divida a criança ao meio e que se desse uma parte para cada uma das mulheres, tendo através deste artifício descoberto qual era mãe verdadeira.
Sobre o Rei Salomão, seus feitos e decisões sábias certamente dariam para ser escrever vários livros.Salomão era um ser humano e não um santo ou Deus, portanto, estava sujeito a possuir virtudes e defeitos, como todos na humanidade. Ele não foi certamente o representante máximo da virtude que várias sociedades lhe atribuem. As instituições são perfeitas, mas os homens que as constituem são imperfeitos, basta verificarmos o que acontece no período eleitoral, nas disputas pelo poder. As instituições religiosas e iniciáticas estão perdendo o direito de se intitularem como fraternidade, segundo o dicionário Aurélio (união ou convivência como irmãos, harmonia, paz, concórdia, fraternização), alguns ainda devem acreditar que são donos da instituição, que para se praticar maçonaria deve-se pertencer somente a uma ou outra obediência, são os maçons de carteirinha, não descobriram ainda, que o conhecimento acumulado de milênios nos foi dado gratuitamente e que não é de propriedade de uma única instituição. Ignoram que outros praticam tais conhecimentos de uma maneira melhor do que em outros lugares.
Para os ignorantes da história, pessoas que não têm fortuna ou que a ela renunciaram, jamais poderiam participar da instituição, nem mesmo para ensinar, com o atual pensamento materialista, Buda, Jesus Cristo, Ghandi ou Chico Xavier, jamais poderiam participar da sublime Ordem, pois, o único bem e riqueza que possuíam era espiritual, Salomão certamente seria convidado, alias, justamente por não ser perfeito, ele mereceria um lugar na instituição de aperfeiçoamento, para nós seria uma honra. Se os homens não precisassem de aperfeiçoamento moral e espiritual, não existiria razão da existência da sociedade maçônica.
O herdeiro ao trono de Salomão foi seu filho Roboão, quem se habilita a ser herdeiro de seu conhecimento e sabedoria? Däniken propõe ainda que, considerando que existiu apenas um Salomão, este rei deveria ser possuidor de artefatos extremamente avançados para o seu tempo e cita um trecho do Kebra-Negast ou O Livro da Glória dos Reis, da tradição judaica etíope, onde se encontra uma descrição detalhada da "O rei e todos os que estavam às suas ordens voavam naquela carruagem, livres de doenças e agruras, de fome e de sede, sem esforço e sem cansaço, atravessando em um único dia uma distância correspondente a três meses de viagem." (DÄNIKEN, 1993). A Etiópia, antiga Abissína, é apontada como a terra da rainha de Sabá, cujo nome seria Belkis, personagem bíblica misteriosa. Sua origem também é alvo de especulações. Na crença muçulmana, a reino de Sheba não foi a Etiópia mas o atual Iêmen do Sul. Este reino, cuja capital, supostamente era cidade de Marib cujas ruínas são conhecidas dos arqueólogos contemporâneos, fica a 2.500 quilômetros de Jerusalém. Para os cronistas árabes Al-Kisaí e Ath-Tha'lab, Salomão viajava com freqüência para o reino de Sheba e também ia a Meca utilizando "um veículo aéreo impulsionado pelo vento" (DO EGITO, 2006).
O trono de Salomão, dizem os contos, era uma coisa incomum, uma verdadeira máquina de ouro. Ficava num patamar com 7 degraus adornados por leões, águias e outros animais feitos de puro ouro. Quando o Rei punha o pé no primeiro degrau os leões entravam em ação e um ia conduzindo o Rei até o seguinte até que ele chegar à cadeira do trono. Águias mecânicas levantavam vôo e colocavam a coroa em Sua cabeça. Os animais de ouro emitiam os seus sons característicos. Quando Salomão deixou de habitar a terra, com a destruição de Jerusalém e o cativeiro do povo hebreu, aquele trono foi levado por Nabucodonosor para a Babilônia. Dizem que quando ele tentou subir no trono, ao por o pé no primeiro degrau, um dos leões de ouro deu-lhe uma patada fraturando-lhe a perna, e desde então aquele rei passou a ser coxo. Depois o trono foi levado da Babilônia para o Egito. Lá, o mesmo aconteceu com o rei que tentou subir ao trono, ele foi atacado por um dos leões e desde então se tornou defeituoso e passou a ser conhecido como o Faraó manco. As qualidades inconcebíveis das descrições sobre o trono de Salomão fazem com que os ufologistas digam que ele era um artefato construído por seres de outros planetas. Além do trono, as lendas também mencionam o anel de Salomão, que lhe conferia poderes sobrenaturais que tornaram possível a construção do mítico Templo de Jerusalém, uma obra cercada de mistérios e episódios fantásticos.
Também na Cachemira existe um monte denominado Takht-i-Suleiman ou, Trono de Salomão onde há indícios de uma construção que os habitantes do local afirmam ter sido um templo, um Templo de Salomão. Além disso, uma edifício em boas condições também é conhecido como Templo de Salomão. Ali há duas inscrições intrigantes que reforçam os laços entre judeus, cristãos e cachemirenses. Na primeira inscrição, pode-se ler: "Neste templo pregava o profeta Yusu" é datada de 54 d.C.. A segunda diz: "Ele é Jesus, o profeta dos filhos de Israel". No Irã, caminho entre a Cachemira e a Palestina, duas montanhas também recebem o nome do rei: um deles também se chama Takht-i-Suleiman, Trono de Salomão; o outro, Zendan-i-Suleiman ou "Prisão de Salomão".
Salomão é um personagem único na galeria dos mitos judaicos. Como rei, sua majestade e poder não foram superados nem mesmo por seu pai. Davi foi o bravo guerreiro, servo de Deus. Salomão foi quase um semideus, especialmente favorecido pelo Criador no mais precioso bem que um ser humano pode almejar: a sabedoria. Esta graça foi concedida a Salomão por um mérito especial: tendo estado na presença do Senhor ("o Senhor lhe apareceu em sonho") e sendo-lhe franqueado pedir o que desejasse, não pensou em riquezas ou glórias de batalha; preferiu inteligência, queria a capacidade plena de discernir entre o bem e o mal. O desejo foi atendido: seu coração tornou-se sábio e inteligente "como nunca houve outro igual"; conhecia toda a história e ciência da humanidade e estava a par de tudo o que acontecia em seu tempo; dominava completamente a Cabala hebraica. Graças a estes poderes de natureza evidentemente mágica, Salomão teria realizados as grandes proezas que compõem sua lendária biografia: a confecção do anel e do trono encantados, seus vôos entre as cidades do Oriente Médio e Ásia, expedições marítimas que, em parceria com o rei de Tiro (Fenícia), teriam alcançado as terras da América do Sul, um conhecimento sobre astrologia historicamente inexplicável para um homem de seu tempo, o grandioso Templo cujas pedras gigantescas foram cortadas de modo preciso e rápido como somente os iniciados e Mestres conhecem, mas desconhecido pela ciência profana atual, além de todas as maravilhas contidas naquele templo entre móveis, utensílios e estruturas arquitetônicas tal como são minuciosamente descritas na Bíblia. Salomão na construção do templo invocou o auxilio dos "gênios" graças aos poderes cabalísticos que possuía. Assim os gênios se submeteram a vontade de Salomão e foram obrigados a trabalhar como escravos. Mesmo estando sendo construído por gênios Salomão tinha o sossego quebrado pelos ruídos da lapidação das pedras, pelo ajustamento dos blocos nas paredes.
Incomodado por isso o rei indagou dos "gênios" se aquele trabalho não poderia ser feito em silêncio e assim exigiu que a obra fosse trabalhada sem ruído algum. Os "gênios" disseram que tal era impossível para eles, mas que existia um "gênio" que tinha tal conhecimento, mas que fugira à convocação de Salomão. Este, por meio de processo mágico localizou o "gênio" rebelde e usando o poder do seu anel submeteu-o e este teve de explicar a maneira como trabalhar a pedra em silêncio. O gênio foi obrigado a revelar aquele segredo dizendo: "Oh Rei. Cobre o ninho daquele corvo com uma campânula de pedra e descobrirás aquilo que desejas". Salomão assim procedeu e verificou que o corvo ao regressar para o ninho havendo encontrado os ovos cobertos voou e regressou depois trazendo um certo tipo de erva que depositou sobre a campânula de pedra sob a qual estavam os ovos. A erva foi libertando seiva e esta amoleceu completamente a pedra e assim o corvo conseguiu com o bico libertar os ovos. Imediatamente o Rei ordenou que aquela seiva fosse utilizada para tornar os blocos de pedra amolecidos e assim tudo pode ser construído em silêncio. Depois dos blocos cortados, moldados, e ajustados novamente eram solidificados. Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II rei da Babilônia, em 586 a.C após dois anos de cerco em Jerusalém. O templo de Salomão durou 4 séculos. Décadas mais tarde, em 516 a.C, após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C, pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica. Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era uma parte da estrutura do Templo de Salomão, mas estudos científicos com datação atribuem ao muro idade próxima à década anterior ao nascimento de Cristo, podendo tratar-se do Terceiro Templo também destruído pelos romanos, não há comprovação de sua existência, não há registros extrabiblícos de sua existência.
Contudo Salomão foi efetivamente um grande construtor. Sua época historicamente considerada e arqueologicamente comprovada, e foi de grande prosperidade, e que pelos resultados de escavações arqueológicas e documentos diversos é possível estabelecer conclusões quanto á arquitetura atribuída ao Templo de Salomão, no que concerne a ornamentação, disposição das dependências, técnica construtiva, comparando a tradição bíblica com restos arqueológicos de outros templos do oriente. O Templo de Salomão ocupa posição de destaque na simbologia Maçônica, sendo uma dos mais marcantes fontes de símbolos, alegorias e lendas para o ensinamento dos princípios Maçônicos. A existência do Templo de Salomão é um mito, mas o Maçom não desprezará o repositório inesgotável de ensinamentos velados por alegorias que nos proporciona a história (ou lenda) da construção do Templo. Não desprezará a tradição dos Maçons operários, só porque a arqueologia ainda não obteve provas concretas e irrefutáveis. Nem mesmo negará a tradição bíblica por insuficiência de escavações arqueológicas. Na obra de Jules Boucher Simbólica Maçônica: “Os Maçons não tentamos reconstruir o Templo de Salomão; é um símbolo, é o ideal jamais terminado, onde cada Maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo no silêncio da meditação”.
Ir∴ Paulo Cesar Dante Teceroli M∴M∴ , Janeiro de 2017