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Atualizado: 1 de out. de 2024


Bode e Maçonaria

Dentro da Maçonaria, muitos já ouviram o termo "bode" sendo associado à nossa fraternidade, mas poucos sabem realmente de onde vem essa curiosa alcunha. A lenda remonta ao ano de 1808 e envolve uma intrigante combinação de história, tradição e perseguição política.


Para entender a origem deste apelido, precisamos voltar muito no tempo, especificamente ao início da era cristã. Por volta do século III d.C., vários Apóstolos foram enviados ao mundo para espalhar o cristianismo. Ao chegarem à Palestina, alguns deles se depararam com um costume inusitado entre os judeus locais: era comum ver um homem falando ao ouvido de um bode. Curiosos, os Apóstolos tentaram descobrir o motivo daquele monólogo peculiar, mas não foi fácil obter respostas. A maioria dos habitantes não oferecia explicações, o que só aumentava o mistério.


Foi Paulo, o Apóstolo, quem finalmente obteve uma resposta ao conversar com um Rabino de uma pequena aldeia. O Rabino explicou que aquele ritual era uma forma de expiação de erros. Ao confessar suas falhas ao bode, considerado um confidente mudo e seguro, a pessoa se sentia aliviada, pois sabia que seus segredos seriam mantidos. O bode, incapaz de falar, era visto como o guardião perfeito do silêncio.


Essa prática teria influenciado a criação do confessionário cristão, introduzido pela Igreja cerca de 36 anos depois, garantindo que os pecados dos fiéis pudessem ser ouvidos e mantidos em segredo por um padre, sob voto de silêncio. Embora a história não deixe claro se Paulo levou essa ideia diretamente à Igreja, o fato é que a prática de confessar e aliviar a consciência se espalhou, beneficiando a humanidade.


Agora, avancemos para o ano de 1808, na França de Napoleão Bonaparte. Após o golpe dos 18 Brumários, Bonaparte emergiu como o novo líder político do país, e a Igreja, sempre ávida por consolidar sua influência, rapidamente se aliou a ele. Isso levou à perseguição de instituições que não estivessem diretamente sob o controle do governo ou da Igreja, e a Maçonaria, uma força pensante e independente, foi diretamente afetada. Seus templos foram fechados, suas reuniões proibidas, e seus direitos suspensos.


No entanto, os maçons, movidos por um forte senso de dever e união, continuaram a se reunir clandestinamente, longe dos olhos vigilantes das autoridades. Esses irmãos corajosos, agora na ilegalidade, agiam de forma discreta, como "bodes em segredo", preservando seus encontros e rituais, mesmo sob o risco de represálias.


Essa associação entre os maçons clandestinos e o simbolismo do "bode" como guardião dos segredos acabou se enraizando na cultura maçônica, tornando-se um apelido popular. O "bode", assim, passou a representar a capacidade dos maçons de manter suas reuniões e discussões sigilosas, mesmo em tempos de adversidade.


Hoje, o termo "bode" é usado de forma afetuosa e até bem-humorada dentro da Maçonaria, mas sua origem carrega uma forte carga simbólica de resistência, fraternidade e a importância do segredo. O "bode" nos lembra de como os maçons, ao longo da história, se mantiveram firmes em seus princípios, mesmo quando enfrentaram grandes desafios.


Curiosidades como essa mostram que a Maçonaria, além de seus ensinamentos profundos e filosóficos, também é rica em lendas e tradições que nos conectam a um passado de coragem e dedicação. Cada símbolo e cada história têm um significado que reforça os valores que cultivamos até os dias de hoje.


Gostou desta curiosidade? Continue acompanhando o site para mais histórias fascinantes e reveladoras sobre a Maçonaria e seus mistérios!


Petricelli MஃIஃ

Atualizado: 1 de out. de 2024


Maçonaria Virtual

A Maçonaria Virtual

Em uma era marcada pela crescente digitalização de praticamente todos os aspectos da vida, onde as interações virtuais substituem, cada vez mais, as presenciais, surge uma pergunta intrigante: seria possível que a Maçonaria, uma instituição secular e repleta de tradições, também pudesse existir no ambiente digital? A resposta curta é: não. A Maçonaria, por sua própria natureza e essência, não funciona no mundo virtual e tampouco pode ser replicada na internet sem perder o significado profundo que carrega.


A Essência da Maçonaria: Encontros Presenciais e Simbologia Viva


A Maçonaria, ao longo dos séculos, sempre se construiu com base no contato humano direto. Desde seus primórdios, os rituais, ensinamentos e a transmissão do conhecimento simbólico acontecem em ambiente fechado, sigiloso e restrito. Esse ambiente é físico, onde os irmãos se encontram, compartilham experiências e vivenciam a simbologia maçônica de forma tangível. A própria estrutura dos templos maçônicos, com suas disposições ritualísticas, foi criada para intensificar essa experiência espiritual e emocional, algo impossível de ser replicado através de uma tela de computador.


A internet, por sua vez, é um ambiente de alta exposição, onde o fluxo de informações é instantâneo, superficial e acessível a todos. Esse contraste entre a profundidade da Maçonaria e a rapidez da comunicação virtual faz com que qualquer tentativa de criar uma "Maçonaria digital" desvirtue os seus princípios básicos. A Maçonaria não é uma organização de massas, e seu conhecimento se transmite de forma pessoal, direta e gradativa. A experiência maçônica é vivida, não simplesmente absorvida.


A Importância do Segredo e da Experiência Pessoal


Outro ponto crucial que impede a Maçonaria de existir no mundo digital é a questão do segredo. Este segredo não é apenas uma proteção de práticas ou símbolos, mas algo mais profundo: é o processo de transformação pessoal que cada maçom experimenta dentro da Ordem. É impossível replicar, em um ambiente virtual, as emoções, os rituais e a vivência simbólica que moldam o caráter e a jornada de cada membro. Os aprendizados são passados pela tradição oral, pelos gestos e pelas experiências que se desenrolam dentro dos templos.


A internet, por outro lado, é aberta por natureza e não oferece o ambiente controlado e reservado que a Maçonaria exige. A superficialidade e a exposição do meio digital entram em conflito direto com a introspecção e o sigilo que moldam o caminho maçônico. Não se pode, por exemplo, aprender a utilizar o esquadro e o compasso de forma significativa em um tutorial online, pois esses símbolos têm camadas de significado que se revelam apenas na convivência e no aprendizado contínuo, junto aos irmãos de jornada.

O Processo de Seleção e Iniciação: Incompatível com o Virtual

A Maçonaria sempre foi criteriosa em sua seleção de novos membros. O ingresso na Ordem não se dá por uma simples inscrição online ou por um clique de um botão; ele requer indicação, avaliação pessoal e uma iniciação presencial que carrega consigo um profundo simbolismo e mudança interna. O anonimato e a falta de interação direta que a internet proporciona destroem a essência desse processo seletivo rigoroso.

Iniciar-se na Maçonaria envolve uma série de rituais e momentos cuidadosamente projetados para transformar o indivíduo, tanto moral quanto espiritualmente. É uma jornada que, para ser autêntica, precisa acontecer no plano físico, rodeada por outros irmãos que guiarão o novo membro em sua caminhada. A iniciação é um marco, um despertar, que perde completamente o sentido se diluído na superficialidade de uma videoconferência ou de uma "sala de chat".


A Maçonaria: Muito Além do Digital


A Maçonaria é uma instituição que, por sua própria estrutura, requer interações humanas reais. Os rituais maçônicos, os encontros e a convivência entre irmãos constroem o alicerce da Ordem, promovendo o crescimento pessoal, espiritual e fraternal. A ideia de uma Maçonaria digitalizada é incompatível com esses princípios.


O digital pode facilitar a comunicação em questões administrativas ou de logística, mas jamais substituirá o núcleo vivo da Maçonaria, que depende da convivência física e da troca de experiências humanas. A Maçonaria não é uma prática solitária, nem algo que pode ser replicado como um curso online. É uma jornada contínua de crescimento, construída em irmandade e sigilo.

Portanto, ao refletirmos sobre a possibilidade de uma "Maçonaria virtual", concluímos que tal ideia é ilusória.

A verdadeira Maçonaria existe nos encontros, nas palavras ditas cara a cara, e no caminho simbólico trilhado com os irmãos ao nosso lado.

É uma Ordem atemporal, que evolui com o tempo, mas preserva sua essência: o contato humano, o aprendizado compartilhado e a construção de um caráter elevado. E isso, definitivamente, não se encontra na internet. Petricelli MஃIஃ


Filipedes


Diz o mito que o exército Grego, apesar de improvável, venceu os Persas na batalha de Maratona. Ocorre que diante do temor que os Persas fossem vencedores, os Atenienses foram orientados que deveriam queimar e abandonar Atenas.

E assim, diante da inesperada vitória Grega coube a Fílipedes correr até Atenas para avisar que venceram. Ele correu tanto e apesar do esforço, quando chegou a Atenas, caiu de exausto e somente conseguiu dizer: “VENCEMOS”.


MORAL DA HISTORIA:

“AINDA QUE SEJA UMA PALAVRA. ELA DEVE SER DITA COM A PLENITUDE DO SEU SIGNIFICADO.”


Pense nisso!

Lineu Mattos

M.’. I.’.

24/09/2024

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